31 de agosto de 2015

Depoimentos De Uma Cacheada " Ser linda é ser Natural"

Olá meu nome é Juliana Lemos, tenho 18 anos sou de Brasília, e estou aqui a fim de contar toda a minha historia para vocês.
Bom quando eu decidi alisar meu cabelo eu tinha 11 anos de idade, tomei esta decisão após ter ficado cansada de ouvir muitos comentários pejorativos com relação a ele ser cacheado. Depois que eu alisei, nossa... todos me elogiavam, diziam que eu estava linda. 
Mas, depois de um tempo, após anos passando chapinha no meu cabelo, ele começou a cair e quebrar muito.
Foi aí que, eu aos 16 anos decidi parar de passar química, e suspender qualquer outro tipo de tratamento que pudesse alisar meu cabelo. Eu sabia que muitas pessoas iriam criticar minha decisão, mas, eu não me importei. 
Não ligava mais para a opinião dos outros queria usar meu cabelo black.
No entanto, o que eu mais gostei durante minha transição foi de ver a cara das pessoas, elas viam meu cabelo ficar natural pouco a pouco, no início estava estranho metade liso e metade enrolado, as pessoas comentavam.
Mas, como eu já disse, eu simplesmente não liguei não dei bola. Porque eu sabia que quando minha transição acabasse meu cabelo iria ficar lindo.
E meninas, ele ficou mais que lindo, ficou perfeito!
Nossa, é muito bom você poder se assumir, ser quem realmente é, poder mostrar as pessoas que é lindo usar seu cabelo natural, e não ligar para os comentários que só te deixariam triste.
Portanto, digo para todos os leitores deste depoimento, ser linda não é você se alisar e passar a vida tentando se encaixar em padrões que não é o seu. Ser linda é ser natural, pois então ame-se e ame seus cachos.




Depoimento dado por: Juliana Lemos

Brasília, 31 de Agosto de 2015

Depoimentos de uma Cacheada " Assumi meus cachos, e hoje sou mais feliz"

Eu tinha um pouco de vergonha do meu cabelo, estudava em colégio particular, e em minha classe haviam poucos alunos, a sala era pequena.Todos olhavam e cochichavam, daí eu me sentia muito constrangida.
Eu fazia chapinha sempre para ir a escola, pensava que desta forma os alunos iriam parar de me olhar de rabo de olho.
E quando mais nova minha família nunca cuidou dos meus cachos como deveria.
Era muito sofrimento, às vezes eu chorava, tinha vergonha de ser eu mesma, eu tinha muito medo de me assumir, era horrível conviver com essa sensação.
Sempre achei lindo os homens e mulheres que assumiam seu black natural,percebi que eles eram mais felizes, realizados e que seus sorrisos eram sinceros.
Fui deixando meu cabelo ficar natural, não de uma vez só, mas, sim aos poucos. Daí passei para o 1° ano do ensino médio e mudei para uma escola pública. A escola era enorme e havia muito mais alunos do que na minha antiga escola. A partir daí tomei a decisão de que não ia mais sofrer como antes. Parei de fazer chapinha e assumi meus cachos por completo, ganhei muito mais elogios do que antes.
Tenho orgulho em dizer que na cidade onde eu moro sou praticamente a única cacheada, e olha que não são poucos os habitantes.
 O fato é, assumi meus cachos, hoje sou muito mais feliz, sei como cuidar deles, fiz novas amizades, sem contar que eu fui cotada por várias agências de modelo, e graças a minha coragem hoje sou eu mesma, tenho 16 anos sou modelo e me sinto realizada.




Depoimento dado por: Clara Beatriz

Ceará, 31 de Agosto de 2015.

Depoimentos de Uma Cacheada " Ato de Rebeldia"

Eu tinha 9 anos quando minha mãe decidiu alisar meu crespo,ela dizia "vai ficar mais bonita"; "é mais fácil de cuidar"; "todos irão te achar linda", e etc.E eu cresci acreditando nisso, foi quando percebi que meu cabelo estava todo quebrado; com mau cheiro; e com muita caspa, o que já era de se esperar, já que eu passava chapinha todos os dias e só lavava no domingo. Até que um dia, eu lavei meu cabelo perto de minha irmã (que diga-se de passagem é uma leoa kk), e ela viu o estado crítico em que meu cabelo se encontrava, e me sugeriu entrar em transição capilar, ela me mostrou varias fotos de incentivo e eu fiquei completamente encantada por cachos.E no mesmo dia, eu mesma cortei meu cabelo. Ele já estava com um comprimento legal, pois, já fazia um tempo que eu não retocava a progressiva, mas, ficou muito torto, meus pais ficaram loucos da vida quando me viram de cabelo curto, e ainda por cima torto. Daí tive que pedir para minha irmã arrumar onde estava torto, depois fiquei 4 meses com meus cachinhos na raiz e as pontas lisas.
 Algumas pessoas diziam que era pra eu amarrar o cabelo, falavam que liso era mais bonito, e que eu fui doida de cortar o cabelão. Mas, também tiveram muitos comentários positivos, dizendo que eu estava linda e que eu era muito corajosa. Minha irmã super me apoiou, já minha mãe no início não gostou muito não, acreditava que teria sido um "ato rebelde" de minha arte.
Até que um dia resolvi encarar a tesoura novamente e pedi pra minha irma terminar o serviço que ela havia começado há 4 meses atras. Já se passaram três meses que estou no big chop e sinceramente nunca estive tao satisfeita comigo mesma, me sinto mais disposta, e mais bonita, e encaro o preconceito da sociedade diariamente de cabeça erguida.



Depoimento dado por: Aghata Angela 

Espirito Santo, 31 de Agosto de 2015

30 de agosto de 2015

Alisando o nosso cabelo, por Bell Hooks


Este texto pode resumir muito bem a nossa história, pois com ele podemos ter a real percepção de como foi todo o processo de assumirmos nossa africanidade.

O primeiro parágrafo do texto diz o seguinte " Apesar das diversas mudanças na política racial, às mulheres negras continuam obcecadas com seus cabelos, e alisamento ainda é considerado um assunto sério. Insistem em se aproveitar da insegurança que nós mulheres negras sentimos com respeito a nosso valor na sociedade de supremacia branca! " .
As palavras deste texto publicado no dia 10 de Junho de 2014, pode ser comparado a qualquer momento de nossa história, e por este motivo resolvi compartilhar um trecho dele com vocês. Espero que gostem.



Referência:http://www.geledes.org.br/alisando-o-nosso-cabelo-por-bell-hooks/#gs.null



Volta Redonda, 30 de Agosto de 2015.

Depoimentos de uma Crespa "Fortalecer e Empoderar"


Então, eu sempre usei cabelo crespo, mas, por vários motivos familiares, ex-marido e minha mãe pedindo para que eu fizesse algo no cabelo, tive que alisar. Após algum tempo, depois de meu cabelo já ter passado por várias agressões químicas, decidi parar, e deixa-lo ficar natural. Tive problemas de doença com minha mãe, então passei quase dois anos sem cuidar devidamente do meu cabelo com hidratações e coisas desse tipo. Mas, hoje já consigo cuidar melhor dele ele já está até grande. Mas, o mais legal é que hoje temos ótimas dicas de como cuidar de nossos cachos disponíveis em diversas redes sociais, temos amigas que também estão se assumindo. Com isso conseguimos fortalecer e empoderar a mulher negra. Fico muito feliz em compartilhar isso com as pessoas sejam elas homens ou mulheres.

Depoimento dado por: Karine Priscila de Souza.

Barra Mansa, 29 de Agosto de 2015.

Bate papo informal com uma Crespa "Temos que ir em frente"

ohhh minha linda... parabens pela sua iniciativa.. depois me passe o link q estarei sempre visitando e divulgando sua page
qto a minha foto, ateh devo ter várias, mas, ja usei meu black liso, com aplique, trança, etc natural qdo ja estava no mercado de trabalho, enfim... minha negritude não esta propriamente ligada ao cabelo... esta "ultima" fase de deixar natural recomeçou em 2006, bem antes de todo esse "movimento"..
estou adorando. ver as meninas de todas a idades deixando natural o black, mas, tbm acho q temos que ir tbm em frente com várias ações referentes a nossa raça/etnia, seja, posicionamento politico, estudos, leituras, profissoes, historia antes e pos escravidão, etccccc...
enfim... muito bom vê-la nesta direção...
super sucesso com o blog
bjin

Bate papo com: Rosemary Gonçalves

Volta Redonda, 29 de Agosto de 2015.





27 de agosto de 2015

Hoje eu me sinto tão bem, e o mais importante " Me sinto linda"

Uns dizem que fui radical de mais, outros dizem que eu estou linda, a maioria... Olha de rabo de olho e cochicham. Mais a realidade é que, independente do que falam ou pensam sobre mim, eu não ligo. Se me acham feia ou bonita, não importa. O que me importa neste momento, é que hoje me sinto bem, posso dizer "eu sou eu mesma", sou linda, criei um padrão de beleza que só interessa a mim. E digo de coração, se hoje você tem vontade de assumir sua africanidade, sente que esta na hora de ser vista, mas não sabe por onde começar, eu te digo por onde começar: Sinta-se linda, diga para você mesma quanta vezes for preciso " sou maravilhosa". Não tente se encaixar em padrões de beleza já definidos pela sociedade, crie seu próprio padrão, afinal não há ninguém no mundo que tenha sido qualificado para dizer o que é ou não bonito pra você. A beleza é só uma questão de respeito e ponto de vista, se passar a olhar para você mesma como algo único verá que não há nada mais belo no mundo do que a aceitação de si mesma.


Volta Redonda, 27 de Agosto de 2015



Ouse, seja quem você quiser ser.



Meninas, prazer meu nome é Yngridi Oliveira e hoje estarei mostrando para vocês como eu era antes de assumir minha Africanidade. Bom eu amava andar com o cabelo escovado, como vocês estão vendo meu cabelo não era grande e digamos que eu era  "loira", Bom vou ser sincera com vocês, amava inventar moda quando se tratava de cabelo, Um dia loira, outro morena, quando me dei conta já estava ruiva. A cada dia que se passava eu estava com um cabelo diferente. Aposto que algumas de vocês acabaram se identificando com uma parte de mim, como também posso jurar que quando se tratava de mudança algumas já surtavam de medo. Pois mudança poderia ser um sinônimo de ficar careca. Para nós mulheres e meninas negras, que desde sempre usamos algum tipo de química no cabelo que não era compatível com nada. Bom tenho uma boa noticia para vocês não tenham medo se arrisquem, e daí se vocês ficarem carecas, continuarão lindas, e daí que a sociedade não aceita, ou não acha bonito. Quem tem que dizer se está bonito ou nao, aceitar ou não o seu novo estilo são vocês mesmas, Então parem de ligar para o que a sociedade pensa, o primeiro passo para assumir sua africanidade, é aceitar-se do jeitinho que és, sem mesmo saber que existe uma negra maravilhosa querendo sair de dentro de você.
#Fica a dica

Volta Redonda, 27 de Agosto de 2015

O Tempo Muda Tudo

Olá meus queridos, eu sei ... já faz muito tempo que  não nos encontramos por aqui né. Para ser mais exata, fazem 3 anos que eu não escrevo ...