27 de setembro de 2015

Não desista nunca ....

Olá, meu nome é Carlecia Alves , tenho 20 anos, e gostaria dizer que não foi nada fácil chegar até aqui, mas quando você toma uma decisão, não há quem te impeça  de concluir. Isso tem que vir de você , tu é centro de tudo.
Pois bem, tudo começou aos 13 anos, meu cabelo sempre foi volumoso e eu odiava aquele volume (que hoje eu amo ) não tenho foto dessa época.
Eu tenho uma prima que ela vivia alisando o cabelo e aos meus olhos aquilo era lindo, ficava sem volume (era tudo que eu queria), houve um dia em que eu fui acompanha-la no salão de beleza que ela frequentava , e eu só iria escovar o meu cabelo, mas de uma hora pra outra resolvi corta o meu cabelo. Cortei muito a ponto de chegar em casa e minha mãe falar um monte , ela disse: POR QUE VOCE FEZ ISSO? AGORA VAMOS TER QUE ALISAR PRA ESTICAR !! (eu já queria alisar mesmo ,então não achei ruim) 
Minha mãe sempre alisou o cabelo dela com  amacihair, eu também queria! só que ela sempre dizia: FILHA SEU CABELO É BOM,NÃO PRECISA DE NADA DISSO!! MUITA GENTE QUER TER O CABELO IGUAL AO SEU E VOCE AI QUERENDO ALISAR ""
Enfim, comecei a passar o amacihair. 
Fiquei assim durante um tempo e então meu cabelo começou a ficar muito ressecado ,sem vida, estava horrÍvel. 
Então conheci a progressiva ....
Fiz em uma amiga minha e amei ficou: Mega liso, Mega macio, Mega perfeito...
Amei, amei pois estava sem  volume.
Depois de um tempo como não tinha dinheiro pra manter a química resolvi colocar aplique e depois tranças. Fiquei pouquíssimo tempo com tranças,  logo em seguida começou a brotar o desejo de ter meu cachos novamente , pois estava cansada daquela vida.
Ai comecei a devagar cortando os cabelos.
Um detalhe a festividade dos jovens estava chegando e não queria aparecer com aquele cabelo , então conheci a Elizete (Me ajudou bastante) e contei pra ela que queria colocar cabelo de verdade, tudo sairia por 500 reais, achei muito caro, então desisti e passei progressiva e prometi pra mim mesma que seria a ultima progressiva.
Passou a festividade e continuei com o pensamento de ter meus cachos de volta passou 3 meses e eu continuava decidida mesmo o cabelo ficando horrível com a raiz crescendo.
Bateu novamente a vontade de alisar mas dei um stop nessa vontade e então entrei em uns sites e comecei a acompanhar as meninas que estavam na mesma situação que eu, e com 4 meses  decidi cortar ou seja fazer o BC (big chop) 
Voltei ao salão da Elizete e pedi pra tirar só um pouco pois estava com medo da reação da minha mãe, mas ela tirou praticamente toda a parte lisa no dia fiquei nervosa com ela mais hoje a agradeço por essa atitude, pois eu pensava , pensava mas não tinha certeza se eu realmente queria fazer o BC porque eu sabia que não aguentaria e iria alisa-lo de novo. 
Só que querendo ou não tive que voltar pra casa, e então encontrei minha mãe, que por incrível que pareça, ela me deixou surpresa pois eu jurava que ela iria falar e falar... Mas não disse nada ,ai eu tive que perguntar: Ué mãe não vai dizer nada?! 
NAO,O CABELO EH SEU ,VC FAZ OQUE QUISER !!


Eu só ligava pra reação da minha mãe, o resto eu nem queria saber se iriam gostar ou não, achar feio ou sei lá , não ia mudar minha opinião, sei que minha mãe não gostou mas com o tempo se acostumou.



Enfrentei amigas ,igreja e quebrei o preconceito e todos que vinham me falar palavras amargas referente ao meu  cabelo, eu não ligava pra nada,  O importante é que eu estava feliz com meu cachos de volta.

A realidade é que as pessoas não  te aceitam até o momento que você começa a se aceitar....
Críticas, voce sempre vai ouvir, mas voce tem que ser forte para conseguir alcançar o seu objetivo.


Muitas pessoas perguntavam o porquê eu tinha cortado e afirmavam que tava lindo liso isto e aquilo ,mas que me adianta estar lindo liso e eu infeliz ?



Foram muitas as críticas, por parte da família mesmo, minha tia ,meu irmão todos a minha volta falavam que estava feio parecendo um menino  e muitas outras coisas mas eu não ligava pois como  minha mãe disse O CABELO É SEU E VOCE FAZ O QUE QUISER!



Comecei a hidratar e fazer muitos testes , usei Monovin A ,e fiz muita hidratação caseira (o que me ajudou muito).

 E hoje me sinto única... linda e maravilhosa...  Como todas as cacheadas se sentem 
Tenho 2 anos e 3 meses de naturalidade.
E pra você que está passando por essa situação pela qual eu passei quero te dizer que não é fácil mas nada é impossível.
E como se fosse na presença de Deus pra voce receber a vida eterna com Cristo ,voce passa por caminhos espinhosos, dolorosos e de muitas barreiras e sempre tem aquela vontade de desistir no meio do caminho, mas então você  lembra que no final dessa caminhada voce vai morar no céu com Deus e não tem coisa mais gratificante que isso então voce continua em frente ...sei que parece tolice essa comparação (mas me ajudou a sorrir novamente). Então não desista nunca .










Depoimento dado por: Carlecia Alves

Amo Ser Negra

Oi Negritude linda, pois é estou aqui pra contar um pouquinho da minha história com meu cabelo. 
Então vamos lá!
Bom com 10 anos eu fiz meu primeiro relaxamento, eu odiava o volume que meu cabelo tinha e ficava com muita vergonha de sair na rua daquele jeito achando que as pessoas iriam rir de mim. 
Bom, e quando percebi que meu cabelo não ficava cheio,  foi a melhor sensação que tive na hora eu amava o resultado, porém quando passava alguns meses o meu cabelo começava a crescer e eu voltava a odia-lo de novo, daí marcava pra fazer relaxamento novamente, e foi assim durante 9 anos da minha vida... química, química e mais química, ocultando a beleza natural que Deus fez.
Quando finalmente fiz 19 anos deixei meu cabelo crescer um pouco e dar um tempo de químicas e banho de creme também. Só que como o volume me incomodava muito eu vivia de escova e chapinha (o que também acabava com os fios e os deixava fracos e quebradiços) . 
E em novembro de 2014 minha irmã já estava com a ideia de cortar o cabelo dela e tirar aquela diferença que fica quando estamos em transição capilar, e começou a falar pra eu fazer a mesma coisa, porém eu nem dei bola. 
Mas como ela é brasileira e não desiste nunca, ficou no meu pé 1 mês pra eu cortar também. Até que cansei da irritação dela na minha cabeça  e deixei ela cortar meu cabelo. Ufa foi a melhor coisa que ela poderia ter feito. 
Gente eu amei o resultado. 
A partir daí, a minha autoestima foi lá em cima, hoje em dia tenho um AMOR pela minha jubinha, ME AMO DO JEITO QUE DEUS ME FEZ.... AMO MEUS CACHOS.... AMO SER NEGRA.... E AMO O VOLUME QUE MEU CABELO ESTA ADQUIRINDO.
#feliiizdemais, em dezembro faço 1 ano depois do BC ( #BigShop )
Espero que tenham gostado da minha história bjos Negras Lindas!!!!





Depoimento dado por:  Thalita de Carvalho

Mato Grosso Do Sul, 27 De Setembro de 2015

26 de setembro de 2015

Porque Usar Turbante?
















O turbante pode ser considerado como um dos símbolos da luta pelo movimento negro, seus significados são muitos, eles podem representar a origem, tribo ou casta de uma determinada pessoa, identificar a religião (como o Ojá de origem africana) ou a posição social.
No Brasil, o adereço chegou pelas mãos dos africanos que eram trazidos como escravos entre os séculos XVI e XIX. As mucamas usavam saias, blusas leves e soltas, panos e xales nas costas e turbantes nas cabeças, seus tecidos eram coloridos e tudo isto tinha um grande significado em sua cultura.
Atualmente tenho visto mulheres que adotam o adereço por achar prático ou bonito, mas as mulheres negras o utilizam como um elemento de afirmação cultural. Há ainda o uso ligado à religião. É notável que os turbantes estão sendo utilizado das mais diferentes maneiras e sendo aderido por culturas e provavelmente vão continuar a fazer a cabeça das mulheres e talvez, até dos homens. Pois, está na moda.
O uso do turbante por pessoas brancas tem levantado uma discussão sobre apropriação cultural, mas o fato é, não podemos determinar quem poderá ou não usar o turbante, pois ele é um símbolo cultural e faz parte da nossa história.
Por várias vezes elementos da cultura africana foram descaracterizados para que tivessem maior aceitação social, hoje que ele está no auge de sua afirmação querem definir e impor quem pode ou não usar turbante? Chega a ser egoísta de nossa parte.
Sei que é difícil para alguém que passou a vida inteira usando seu turbante como símbolo de resistência e afirmação vê-lo aceito como belo simplesmente porque passou por um processo de “clareamento”. Enfim esta é a realidade, estamos em um processo de mudança, não podemos tentar mudar o mundo da noite para o dia, mas podemos fazer com que o mundo nos compreenda, e compreenda que não é só o turbante que faz os negros se reafirmarem negros mas sim muitos outros motivos muito mais difíceis de se compreender.
E é por isso que usamos turbantes, para sermos compreendidos.

24 de setembro de 2015

HE FOR SHE " Eles por Elas"

Um Movimento De Solidariedade pela Igualdade de Gênero

Venho por meio deste compartilhar com vocês uma matéria que eu achei muito interessante sobre o empoderamento feminino, e sobre como muitos homens com o passar dos anos estão se interessando e tomando partido de nossa causa. 


A KPMG no Brasil é um dos principais signatários do Comitê Nacional Impulsor Brasil #ElesPorElas (ou #HeForShe), promovido pela ONU Mulheres. Este movimento é uma ação inédita e tem como objetivo mobilizar o público masculino a favor da luta pelo empoderamento das mulheres e provocar a discussão pela igualdade de gênero. O Comitê da qual a KPMG agora faz parte é formado por governos, empresas, universidades e sociedade para a realização de ações em favor do movimento no Brasil 
Para favorecer o engajamento na campanha, foi criada uma plataforma online com um mapa mundial que é atualizado em tempo real e mostra o número de adesões ao redor do mundo. A expectativa é alcançar a meta de 100 mil assinaturas de brasileiros para contribuir com a causa.

Obs: Caso tenham interesse sobre o assunto, aqui está o link para a leitura deste texto:

http://maisbahia.com.br/index.php/2015/06/kpmg-apoia-onu-em-movimento-para-fortalecer-o-empoderamento-feminino/http://maisbahia.com.br/index.php/2015/06/kpmg-apoia-onu-em-movimento-para-fortalecer-o-empoderamento-feminino/

http://www.heforshe.org/pt

Eu é que sei se devo ou não valorizar o que há de melhor em mim...

Nunca usei meu cabelo black, fui entender que deveria valorizar o meu cabelo, minha identidade este ano. Alguns familiares e amigos não aceitam, enquanto outros me elogiam bastante. 
Porém eu não ligo para opinião de ninguém, eu é que sei o que devo valorizar em minha personalidade ou não. 
Muitas pessoas estranharam a minha mudança do cabelo quimicamente tratado para o careca, e do careca para o cabelo que eu tenho hoje.
Onde eu moro não vejo muitos homens cacheados ou crespos, mas, em bairros próximos e no centro vejo muitos.





Depoimento dado por: Matheus Christian 

São Paulo, 24 de Setembro de 2015

Só preciso de "Persistência" e muita "Auto Confiança"

Eu tenho 16 anos, e desde os 5 anos de idade eu alisava meu cabelo, sofri muito com as piadinhas na escola, e acabei criando uma relação de ódio com quem eu era. 
Em 2012 resolvi deixar o cabelo crescer, eu nem sabia o que era transição, mas de tanto minha mãe persistir, eu acabei relaxando ele novamente. Eu odiei o resultado, então decidi nunca mais relaxar meu cabelo ou fazer qualquer coisa que fosse retirar de mim, minha identidade, quem eu sou de verdade. 
Em 2013, iniciei novamente meu processo de assumir que eu era de verdade. 
Confesso, não foi fácil ficar com várias texturas no cabelo, mas também tenho que admitir, não foi só o meu cabelo que mudou.  Eu mudei, minha maneira de pensar agora é outra, acho que o empoderamento seja ele feminino ou masculino não é só uma questão de estética, é muito mais que isso, chega a ser quase impossível de se explicar. 
Não tive apoio da minha mãe nesta fase tão critica da minha vida, mas aí pensei comigo mesma: Para ser quem eu sou de verdade eu não preciso do apoio de ninguém, mais sim de muita auto confiança e persistência. 


Depoimento dado por: Ana Vitória 

São Paulo, 24 de Setembro de 2015

21 de setembro de 2015

3cm de pura Crepura

Oi negros e negras, me chamo Esther, tenho 16 anos e moro em Sabará, Minas Gerais e venho compartilhar a minha história com vocês. Bom, eu comecei a usar relaxamento em meu cabelo aos 7 anos de idade para facilitar a vida  da minha vó ao trançar meu cabelo, e segundo minha mãe, pra eu andar mais arrumadinha e ser aceita nessa sociedade. Aos 10 anos, coloquei trança sintética duas vezes seguidas, mas não me vi por vencida, pois naquela época eu não sabia cuidar das madeixas e não entendia dos meus cachinhos, então alisei de novo e meu cabelo estava muito grande e tinha minha maravilhosa franja de emo! Aos 12 anos, fui passar as ferias na casa da minha tia em Confins, todos os fins de semana eu arrumava o meu cabelo foi quando eu tomei um susto o cabelo da minha nuca e a lateral esquerda da minha cabeça caiu toda e quando cheguei em casa, minha mãe assustou com aquilo. Aí foi o meu primeiro corte químico. Minha mãe cortou meu cabelo  na altura da boca ( super curto ne) aí eu comecei a usar tricofort, babosa, tônico de alho... Tudo pra crescer e alisar de novo . No inicio dos meus 15 anos, sabe o que eu fiz? Fiz o meu sidecut, (raspei uma lateral da minha cabeça) e depois disso, meu cabelo em si, começou a cair todo sem exceção e comecei a ficar preocupada e decidi colocar as tranças sintéticas de novo .. porém com cachinhos, esperei 3 meses e tirei minhas tranças e cortei tranças juntamente o cabelo morto (liso) e foi a hora em que eu decidi, vou cortar tudo! E cortei, e o que sobrou, foi 3 cm de pura crespura.





Depoimento dado por: Esther Isabela



Minas Gerais, 21 de Setembro de 2015.

Só me arrependo de não ter me assumido antes...

Olá, Bom eu sempre usei meu cabelo cacheado, mas não gostava muito, evitava usá-lo solto por não gostar do volume. Recorria muitas vezes a tranças e arcos para "deter" o volume , cheguei até a pensar em alisar, mas depois de descobrir algumas blogueiras que dão dicas para cabelos cacheados / crespo, comecei a cuidar mais dele e aos poucos fui me adaptando e gostando mais e mais dele ,e hoje só me arrependo de não ter "assumido" ele antes.  Acho que essas montagens mostram bem o meu processo de aceitação!  Me chamo Amanda, tenho 17 anos e moro no Rio de Janeiro.   Espero ter ajudado, gostei bastante da sua idéia, te desejo muita sorte!




Depoimento dado por: Amanda Furtado



Rio de Janeiro, 21 de Setembro de 2015

É lindo de mais um negro #Empoderado




Fotos de: Danilo Santos
João Pessoa, 21 de Setembro de 2015

19 de setembro de 2015

Conto Minha História com muito Orgulho e Amor

Bom, então vamos lá...
Eu usei química durante anos, até que chegou um momento em que meu cabelo já não tinha mais vida, estava fraco, tinha que viver cortando pra fortalecer e comecei a sentir sdd dos meus cachos da época em que eu era criança. Então comecei a pensar em deixa-lo natural novamente. Depois de uns dias, comecei a pensar que seria uma boa ideia fazer o rastafári e ir ao poucos, tirando a química. E foi o que fiz. Fiquei 9 meses de Rastafári. Tirava, cortava o meu, e fazia o rasta novamente. Depois desses 9 meses, eu marquei com a cabeleireira de fazer novamente só que tive imprevistos e não pude ir ao salão no dia marcado. Resolvi tirar o resto de química que faltava e percebi que ele já estava lindo. Assumi meu black com todo o meu amor. Até ouvi que estava aderindo por causa da moda, mas não dei ouvidos. Só preciso que meu cabelo esteja saudável. Não tive incentivo porque as coisas não eram como são hoje. De uma hora pra outra, isso cresceu muito e acho magnífico. Conto a minha experiência pra quem quiser saber e tenho muito gosto em ajudar.




Depoimento dado por: Alexandra Folly




Gosto da Idéia de se Diferente...

Eu gostei muito da ideia de ser diferente das outras pessoas, queria mudar o meu estilo, deixar aquele pensamento de que todos os negros tem que ter cabeça raspada.
Então tomei a decisão de deixar o meu cabelo crescer.
Como nunca fui de ligar muito para o que as pessoas falavam sobre mim. Eu me assumi mesmo, sem exitar. E sim as pessoas realmente as falam do meu cabelo mas nada me afeta. 


Depoimento dado por: Ivo Natividade

Volta Redonda, 19 de Setembro de 2015

Minha filha, minha inspiração #Depoimento de uma Cacheada

Decidi me assumir, porque já estava cansada de todo mês ter que alisar o  cabelo. 
E sempre tive aquela dúvida: "Se era eu que era errada ou se meu cabelo que nao era compreendido. Pois, quando minha filha Julia nasceu e foi crescendo, e eu percebi que o cabelo dela era cacheado. Então eu me dei conta de que se ela nasceu dawuela forma, eu também poderia ter nascido assim. Fiquei pensando será? O que vou fazer, então certo dia chamei meu marido para "meter a tesoura nele ", no começo, Meu marido ñ aceito a ideia, mas depois que eu me expliquei ele cortou, eu ja estava um mes sem usar quimica e a raiz ja estava alta, e é isso as fotos vão mostrar um pouco da minha transiçäo.Começei a usar quimica com 10 anos,parei de usar com quase 20 anos e tenho 1anoe3meses de cabelo natural. 





Depoimento dado por: Amanda Alves de Moraes



Sergipe, 19 de Setembro de 2015

Hoje me sinto livre #Depoimento de uma Empoderada

Eu sempre tive meu cabelo cacheado, mas não assumia, e quando criança sofria muito na escola todos me chamavam de cabelo de bom brill, e palha de aço. Eu só saia com ele preço. Mas, o tempo passou e eu vim morar com minha prima, e foi ela me incentivou. Ela dizia que meu cabelo era lindo, e que eu não tinha que ter vergonha dele. Foi então que eu comecei a dar mais valor aos meus cachos e cuidar deles.  Curti varias páginas de cacheadas no face, entrei em grupos no whats e isso me ajudou muito. Hoje estou amando meu cabelo, me sinto livre com ele....amo demais.




Depoimento dado por: Ana Cláudia 



Belém do Pará, 19 de Setembro de 2015

Amo minha cor, amo minha raça, amo meu Black.

 Bom eu começei a usar black aos 14 anos sempre tive vontade de me assumir, mas não tinha coragem de deixar crescer pois, dos muitos lugares onde trabalhei a maioria deles advertia o uso de cabelos longos. 
Mas eu decidi a deixar crescer, por que acho lindo e sinto que combina comigo. Acho um estilo lindo , amo Black, cachos, e crespos.
Me sentia estranho careca, sei lá porque, num sei se é porque minha cabeça é pequena. Enfim eu me assumi.
Ao passar a usar o Black as pessoas me olhavam diferente, me elogiavam, me abraçavam, e  me respeitavam mais.
Alguns se aproximavam para fazer amizade por causa da minha nova aparência. 
Além de tudo minha mãe sempre gostou do estilo e sempre me apoiou com relação a isto.
E o apoio dela me deu forças para me empoderar.



Depoimento dado por: Wallace Henrique


Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2015

14 de setembro de 2015

Meu nome é Denílson Kewen, mas pode me chamar de Deni Brilhante

Meu nome é Denilson Kewen, mas desde quando comecei a usar o cabelo black prefiro ser chamado de Deni Brilhante, tenho 17 anos de idade e minha naturalidade é Fortaleza - CE. Bom... no meu aniversário de 15 anos decidi fazer um tratamento quimico no meu cabelo que desde então era cacheado porém mal visto já que eu usava muito pequeno, sempre tive vontade de deixa-lo crescer mas não tinha paciencia e temia ao que as pessoas falariam, se minha familia iria gostar ou se eu ia sofrer preconceito por ter o cabelo diferente, sempre tive medo do preconceito pois via meus amigos gays sofrerem muito na escola, por isso não me misturava, me escondia. Pedi a cabeleireira que deixasse meu cabelo liso porém natural (não sabia eu que isso era impossível) então quando ela terminou, que eu me vi, fiquei com vontade de chorar pois havia odiado o resultado final, prometi a mim mesmo que nunca mais iria fazer aquilo de novo comigo, mas quebrei a promessa quando ví a raiz do meu cabelo nascer, fiz alisamento outra vez, eu não gostava dele liso, mas deixava por que assim ninguém zombaria de mim, tava na moda os homens alisarem e pintarem os cabelos. Há um ano e nove meses eu não corto meu cabelo, me sinto fantástico e com uma alto estima maravilhosa, meu cabelo intimida os predadores assim como o leão intimida quem vem atacar seu bando, sou um leão, um leão brilhante, onde ando percebo todos olhando para o meu cabelo, não imaginava eu que de 7 cm de cabelo alisado sairia 40 cm de cacho, nossa, como eu me sinto lindo, me sinto invejado, meu cabelo é quem eu sou, eu amo ser cacheado.




Depoimento dado por : Deni Brilhante 

Fortaleza, 14 de Setembro de 2015

Assumi o black pois já estava cansada...

Eu usei química até os 17 anos de idade, e decidi assumir meu black por que já estava cansada do trabalho e do sofrimento que tive com a química.
Passei 62 dias de transição e usei trança algumas vezes pós BC. Hoje me sinto bem e o mais importante, realizada por dentro e por fora.







Depoimento dado por: Daniele Silva

Vamos Empoderar

Olá, meu nome é Milena Gobbo, tenho 15 anos.  Moro em Sorocaba -SP 
Nunca alisei o cabelo (mas ja tive muita vontade, e minha mãe não deixava ) só andava com o cabelo preso, tinha medo do que as pessoas iriam pensar de mim. Mas sabe, um dia nos temos que sair da nossa zona de conforto, temos que arriscar.  Eu arrisquei, soltei meus cachos, e hoje eu me sinto ótima!  Então, empodera! 



Depoimento dado por: Milena Gobbo

São Paulo, 14 de Setembro de 2015

12 de setembro de 2015

Sarará Crioulo , Meu black minha história.

Bom meninas hoje é meu dia de contar a minha história, aqui estou eu compartilhando vários depoimentos várias histórias lindas de meninos e meninas que estão se empoderando e mostrando sua raiz tendo orgulho se sua raça. Mas, hoje eu vim contar a vocês como foi que eu decidi me assumir e como isto está sendo de suma importância para minha vida. Bem eu tenho 18 anos moro em Volta Redonda, sou do tipo que quando eu gosto eu gosto e seu eu não gosto eu falo mesmo. Pois então, minha vontade de me assumir se deu depois da minha formatura do terceiro ano do ensino médio. Vendo as fotos do meu álbum, e até durante a própria festa eu me dei conta de q o cabelo liso não me pertencia, aquela não era eu, eu não tava feia, muito pelo contrário todos diziam que eu estava linda. Mais sabe quando algo te diz "vai por aqui, que esse é que é o caminho certo" então eu ouvia uma voz desse tipo, e ela dizia "yngridi, o que você acha que tá fazendo? Essa não é você, liberte-se seja linda ao natural da forma que Deus a criou, pare de querer sempre estar encaixada em padrões que não foram feitos pra você, crie seu próprio padrão, seu próprio estilo, seja você". Foi então que após minha formatura eu decidi iniciar minha transição, antes eu relaxava meu cabelo usava molhado ou na maioria das vezes escovado, mais eu não tinha liberdade vivia presa a chapinha. Então quando decidi passar pela transição, meus país não me apoiaram muito disseram que meu cabelo ia ficar horrível e que nem pente iria entrar. Mesmo assim segui firme em minha decisão fui mudando pouco a pouco, ainda durante minha transição surpreendi meus país com relação a cor do meu cabelo, fiquei loira por um tempo e quando eles se acostumaram eu pintei de vermelho fogo " literalmente " , meu cabelo parecia que estava pegando fogo, eu amei. Minha melhor amiga odiou, não me apoiou, e então eu expliquei a ela que essa era eu de verdade puro "estilo e ousadia" e que se ela fosse realmente minha amiga teria que gostar de mim como eu realmente era. Ela não entendeu muito bem, mas passou a respeitar minha decisão. Após alguns meses com o vermelho fogo, eu enjoei e decidi pintar de preto, meus país não entenderam nada, já estavam até se acostumando com o vermelho, mas como su não gosto de ficar presa em um só estilo. Fiquei poucos meses em transição, eu não tinha paciência para esperar crescer, sem falar que já estava começando a dar diferença da raiz para as pontas, foi então que eu comecei a procurar cortes de cabelos bem curtos na internet, eu tava a fim de mudar radicalmente,  foi quando eu vi um filme onde havia uma negra linda com um corte de cabelo maravilhoso e eu disse " é esse, não tem outro, vou cortar, vou mudar".  Joguei verde nos meus país durante uns dois meses antes de eu cortar, e quando eu cortei meus pais não estavam em casa, iriam chegar só a noite, então eu aproveitei, marquei hora no salão fiquei super anciosa e quando chegou o dia e a hora eu não me arrependia nem um pouco da minha decisão. Quando meu pai chegou em casa eme viu, ele quase infartou, disse que agira estava criando dois homens dentri de casa. Mas eunem me importei, hoje me sinto eu, sei que posso me sentir bonita, estou ao natural e assim vou ficar até o final dos meus dias.





9 de setembro de 2015

Vamos mudar o padrão?

Em vez de nos adequarmos ao padrão, que tal mudá-lo?
É preciso coragem pra assumir os cachos principalmente depois de 5 anos usando cabelo liso até na cintura, não conseguia nem me imaginar de cabelo curto mas não aguentava mais ser escrava de chapinha todo final de semana. Antes de criar coragem pra cortar fiz tranças rasta, fiquei com elas um pouco menos de 1 mês (demorei pra me acostumar no começo mas depois de um tempo a gente cria amor pelas "cobrinhas") assim que tive coragem de cortar fui direto a um salão de crespas e cacheadas daqui de Brasília "Ponto Chic", depois de 2 anos sem usar química finalmente completei minha fase de transição, que pra mim não é apenas uma mudança estética mas sim aceitar a si mesma e ter orgulho de suas características, pois é libertador.
Reconheci minha identidade, minha ancestralidade, respeito agora quem eu sou, mudei minha forma de ver o mundo e aprendi que minha autoafirmação é necessária. Para ser linda basta ser você mesma me sinto cada vez mais forte e livre.
 Eu também tenho um blog  se você poder colocar ele junto também com o texto kkkk  " https://sereiasafricanas.wordpress.com "




Depoimento dado por:  Leticia Isabela 

Brasília, 9 de Setembro de 2015

8 de setembro de 2015

Depoimentos de Um Encrespado " Hoje chamo atenção por onde passo"

Quando tinha cabelo curto era menos destacado, mas sempre admirei esse estilo de cabelo (black). Comecei a deixar crescer ano passado, passei a fazer tranças, daí me identifiquei com esse estilo de vida,  que poucos na minha cidade não tem pelo oque eu vi... 
No começo passei por momentos constrangedores e preconceitos de amigos, pessoas da rua, e até mesmo familiares.  Mas quando me assumi abracei tudo isso, encontrei meu próprio jeito de me vestir, quem me criticava passou a admirar meu estilo de vida e minha atitude de assumir o black. Hoje chamo a atenção por onde passo, e sou muito comentado em  "comunidade ".
Obrigada  por compartilhar  minha pequena história ....




Depoimento dado por: Samuel Soul

São Paulo, 8 de Setembro de 2015

5 de setembro de 2015

Depoimentos de Uma Cacheada " Me sentia feia, e até evitava sair na rua"

Meu nome é Delmira, tenho 35 anos. Aos 10 anos cortei  meu cabelo curtinho poque na época ou se alisava o cabelo ou cortava joãozinho (quem não tinha condições de alisar), como eu não tinha condições cortei tudo pra me sentir mais aceita.
Com 12 anos comecei com as químicas. Sempre fui uma pessoa muito tímida e cheia de complexos, não tinha amigos e não me relacionava com ninguém, pois sempre achei que eu era menos do que todo mundo. A mais feia, a mais negra da família e ainda fui espinhenta na adolescência e com isso consegui um rosto cheio de cicatrizes, sempre odiei o que via no espelho.
Segui com as químicas que sempre quebrava todo meu cabelo, passei a fazer progressiva pra ver se  com cabelo liso pudesse gostar mais de mim, mas nada adiantava, sempre me sentia muito feia e até evitava sair na rua.
 Em 2012 conheci algumas meninas no youtube, foi quando decidi me aceitar, não foi fácil, mas a cada vídeo que eu assistia eu tinha mais certeza que era o que eu queria, pois eu via muita personalidade nelas e personalidade é coisa que nunca tive,  e por incrivel que pareça, a luta que tive de enfrentar durante a transição e quando cortei o cabelo, foi me dando segurança, cada vez que alguém falava que eu ia ficar feia, eu pensava que não tinha nada a perder pois eu já me achava feia e que eu queria me achar bonita, independente do que iam achar de mim.
Hoje tem 4 anos que me assumi, nunca fui tão feliz comigo mesma, hoje saio na rua de cabeça erguida, sem me achar menos que os outros. A minha transição não foi só do cabelo mas foi por dentro, aprendi a me amar independente do que os outros pensam de mim, mudei meu jeito de me vestir. Hoje sou uma pessoa que tem personalidade própria, amo minha cor e amo meu cabelo.



Depoimento dado por: Delmira Belizario

Paraná, 5 de Setembro de 2015

Depoimentos de Uma Cacheada " Minha Cachola Cacheada, Minha Identidade"

Minha transição, não foi fácil... e uma coisa que muitas blogueiras não contam é que mexe muito com o nosso psicológico, nessa época fiquei bastante triste, não vou negar, mas quando vi aquelas molinhas "brotando" em minha cabeça foi muito  gratificante! Até hoje me pergunto, porque eu  alisei meus cachos, eles são minha identidade! E alisando o cabelo eu perdi de fato a minha identidade, e tive que passar por todo aquele sofrimento chamando: transição capilar, pra hoje eu dar valor aquilo que de fato faz parte de mim "MINHA CACHOLA CACHEADA" .


Depoimento dado por: Fátima Louback

Rio de Janeiro, 5 de Setembro de 2015

Depoimentos de Uma Cacheada " Viva os Cachos, Viva o Afro"

 Meu nome é Karen, tenho 14 anos e moro em São Paulo. E em grande parte da minha infância eu tive que  enfrentar piadinhas na escola, olhares tortos e olhares de reprovação nas ruas, e isso me oprimia, deixava meu cabelo sempre baixo e na maioria das vezes preso, eu realmente nunca quis alisar e por minha familia também sempre ter aderido ao cabelo crespo e sempre terem me apoiado. Eu sempre tive orgulho do meu cabelo, da minha pele, e nunca correspondi ou liguei pra ofenças, nunca escondi o que eu era, o que sou e princialmente o que represento. Mas me sintia reprimida por não entrar no padrão de beleza: cabelos lisos, branquinha, e com os olhos claros.
Todos nós sabemos a barra que o negro carrega, a negra da escola nunca foi a mais popular, a mais paquerada, e com certeza já escutou "olha a neguinha de cabelo duro". E eu acho que é por essa pressão na infância as vezes pela propria familia ou pela escola que oprime nossas negras, nossas lindas negras e chacheadas. Que muitas delas se omitem e acabam alisando seus cabelos.
Admiro todas essas mulheres que não tem medo de assumir quem são e o que representam, é muito gratificante ver nossas negras representando e se destacando na sociedade. Vamos dizer não a chapinhas/progressivas/alisamentos sempre.
Viva os cachos, viva o AFRO.




Depoimento dado por: Karen Nayara

São Paulo, 5 de Setembro de 2015

O Tempo Muda Tudo

Olá meus queridos, eu sei ... já faz muito tempo que  não nos encontramos por aqui né. Para ser mais exata, fazem 3 anos que eu não escrevo ...